quinta-feira, 20 de março de 2014

Deputado do Mato Grosso do Sul quer integração de médicos com Bolívia e Paraguai para melhorar saúde na fronteira


Com o objetivo de garantir a prestação dos serviços de saúde para as pessoas que moram na região de fronteira entre Mato Grosso do Sul, Paraguai, e Bolívia, o deputado Paulo Corrêa quer criar o médico de fronteira, um projeto que pode beneficiar, além dos pacientes, médicos formados em universidades dos países que fazem divisa com o Estado.

O assunto foi tema hoje (19/03) do discurso do deputado Paulo Corrêa na tribuna da Assembleia. O parlamentar anunciou ainda a realização de uma audiência pública na Casa de Leis para discutir o assunto. Segundo ele, audiências sobre o mesmo tema também serão realizadas no Paraguai, na Bolívia, nas cidades sul-mato-grossenses que fazem fronteira com esses países e por último, na Assembleia.

“Nosso objetivo final é criar em Mato Grosso do Sul o médico de fronteira. Nós precisamos de médico atendendo o povo e temos que criar essa possibilidade do médico formado no Paraguai e na Bolívia atuar no Brasil e os médicos Brasileiros também atuarem dentro do Paraguai e na Bolívia. Isso significa integração”, explicou.

Durante o pronunciamento Paulo Corrêa também defendeu a contratação de médicos formados no Paraguai na atuar nas cidades do Estado, o que segundo ele, pode ser a solução para falta de profissionais de saúde, uma realidade vivenciada por muitos municípios do Estado.

“Têm municípios que não conseguem contratar médicos para fazer o atendimento básico para a população, o atendimento preventivo. Isso acontece porque a prefeitura não tem pode pagar o salário exigido pelos médicos. Nós temos que resolver isso. Pedro Juan Caballero tem cinco universidades de medicina de primeiro mundo e eu visitei essas universidades. Mas, os médicos formados no Paraguai não podem trabalhar no Brasil, porque precisam fazer o Revalida, porque a grade curricular é diferente. Estamos sem médicos para atender a população das nossas cidades enquanto temos muitos médicos do nosso Estado, formados nos países vizinhos. Por que rejeitamos os médicos paraguaios e bolivianos e aceitamos os médicos cubanos? Temos que discutir isso, achar soluções para trazer esses médicos para as nossas cidades”, disse.

Paulo Corrêa destacou que do total de alunos matriculados nos cursos de medicina do Paraguai, quase 50% são de Mato Grosso do Sul e a proposta de fazer audiências públicas visa também discutir salários pagos aos profissionais, o Revalida (Exame Nacional de Revalidação de diploma de medicina) e outros problemas que afetam a saúde pública no Estado.

Não último final de semana Paulo Corrêa esteve no Paraguai para acompanhar as ações do Grupo Onça Pintada, entidade que levou atendimento preventivo de câncer de mama para as mulheres da fronteira entre Brasil e Paraguai. No total foram realizados gratuitamente quase 500 exames em mulheres de Pedro Juan Caballero, Capitán Bado e Ponta Porã. Na ocasião Paulo Corrêa se reuniu com estudantes dos cursos de medicina do país e com representantes locais para discutir os principais problemas enfrentados e se comprometeu a buscar soluções para melhorar a saúde pública na fronteira e na defesa pelos profissionais de saúde formados no Paraguai.

A Audiência Pública “Saúde na Fronteira” está marcada para o dia 2 de junho, a partir das 14 horas, no plenário Julio Maia, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. Serão convidados para a discussão médicos, representantes do Paraguai e Bolívia, deputados federais, estaduais, senadores, prefeitos e outras autoridades.


FONTE: Por: gabinete@dep_estadual_paulo.correa 

3 comentários:

  1. Olá,
    Gostaria de saber sua opinião sobre a possibilidade de abrirem um novo edital para o Mais Médicos este ano. Você acredita que realmente vai haver um 5º edital para o programa?
    Muitos médicos, tanto formados no Brasil como no exterior, não conseguiram fazer a inscrição a tempo. Alguns devido a falhas técnicas do site e outros porque haviam se formado há pouco tempo e ainda não possuíam toda a documentação exigida. A data de inscrição de até 5 de fevereiro para o último edital não favoreceu a inscrição de muitos médicos, que aguardavam o diploma e matrícula ou crm, no caso dos brasileiros.
    Acho que o governo foi muito infeliz ao fixar esta data. Não sei se foi intencional, mas publicar o edital logo no início do ano impossibilitou a inscrição de centenas de médicos que se formaram em dez/13 e que estavam aguardando o diploma, ao mesmo tempo em que justificou a contratação de uma nova leva de milhares de médicos cubanos pelo convênio com a OPAS.
    Os próprios atendentes (por telefone e por email) não querem/sabem/podem dizer se vai haver novo edital e acredito que somos muitos os que estamos esperando essa informação ansiosamente... Por isso, gostaria muito de saber o que você acha sobre isso.
    Muito obrigado!

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    1. Acredito que sim ainda vai abrir outros editais para o programa, de acordo com o governo ainda falta muito para atingir a meta de médicos no programa.

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  2. Tomara! Senão realmente seria muita injustiça e muitos chegariam até a pensar em má-fé do governo para com os médicos que quiseram inscrever-se individualmente e tiveram diversas dificuldades devido, como disse antes, a problemas técnicos e ao momento tão inoportuno e desfavorável em que foi publicado o último edital. Muito obrigado por sua atenção e pela rápida resposta!

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